O cooperativismo é feito por pessoas, e o interesse pela comunidade está entre os princípios do nosso modelo de negócio. Essa preocupação faz com que as cooperativas trabalhem desde sempre com responsabilidade social, conceito ligado a uma das letras da sigla ESG — do inglês Environmental, Social and Governance, que se traduzem como meio ambiente, social e governança.
Apesar de o conceito ter sido criado há menos de 20 anos, o compromisso com as pessoas e as comunidades faz com que o cooperativismo tenha muita aderência à agenda ESG, principalmente em relação ao pilar “S”, de social — ligado ao cuidado com as pessoas, incluindo tanto a valorização dos cooperados e dos colaboradores quanto o desenvolvimento da comunidade na qual a cooperativa está situada.
Na prática, o S de ESG estimula as cooperativas, empresas e organizações a zelarem pelas seguintes atividades dentro do seu dia-a-dia:
Viu como essa lista tem tudo a ver com o jeito diferente de fazer negócios do cooperativismo? Um levantamento inédito realizado pelo Sistema OCB comprovou que as cooperativas brasileiras estão afinadas com a pauta ESG e se destacam em quesitos como cumprimento de leis e normas, conformidade social e ambiental, além de boas práticas trabalhistas.
De acordo com a pesquisa Diagnóstico ESGCoop, no geral, a aderência das cooperativas aos pilares ESG chega a 51,3% — mais da metade de todos os indicadores avaliados. Na análise específica da dimensão S, as cooperativas brasileiras têm 81,71% de aderência a indicadores de conformidade social; 62,22% a quesitos de boas práticas trabalhistas, e 61,97% em relação a apoio ao desenvolvimento das comunidades.
No dia a dia, o caráter humanizado do cooperativismo é traduzido na prática em ações de impacto na vida dos cooperados, colaboradores e das comunidades, em investimentos com retorno social. Os exemplos estão espalhados por todo o país e em cooperativas de todos os ramos, da área de saúde ao cooperativismo de crédito.
NUMERÁRIA
É importante destacar que o investimento social ligado à agenda ESG não é o mesmo que filantropia. Muitas cooperativas brasileiras estão diretamente envolvidas em ações que beneficiam pessoas em situação de vulnerabilidade, com doação de alimentos, prestação de serviços, atividades de inclusão social, entre outras. Todas essas iniciativas são positivas, bem-vindas e também demonstram o comprometimento do cooperativismo com as pessoas e as comunidades, mas são consideradas ações filantrópicas e não estratégias da dimensão S do ESG.
Na filantropia, o objetivo é promover ações pontuais em benefício de segmentos sociais vulneráveis ou expostos à exclusão e à discriminação.
Já o investimento com retorno social está ligado a iniciativas de impacto, que, além de transformar a realidade das pessoas envolvidas, geram oportunidades de negócio e se tornam um diferencial competitivo para quem as realiza.
Quer um exemplo prático? Um grupo de pequenos agricultores cooperados teve a safra prejudicada pelas chuvas e perdeu parte da produção, reduzindo sua fonte de renda. Doar alimentos e outros itens para as famílias, enquanto enfrentam dificuldades financeiras, é uma ação de filantropia necessária e oportuna. Em outra frente, oferecer capacitação para que os produtores aprendam a lidar com eventos climáticos extremos e fornecer insumos que possam melhorar o trabalho nas lavouras é uma estratégia de negócio, um investimento com retorno social.
Assim como as outras letras da sigla, a dimensão S do ESG busca contribuir para a sustentabilidade do negócio e das pessoas.
Fonte: mundocoop.com.br
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